Chelsea e Nick Torres, de Idaho, Estados Unidos, receberam uma notícia devastadora durante a gravidez: suas gêmeas siamesas, Callie e Carter, tinham apenas 5% de chance de sobreviver mais de um dia após o nascimento.

Preparados para o pior, eles sequer compraram roupas para as filhas. No entanto, contrariando todas as expectativas médicas, as meninas agora têm 7 anos e estão se desenvolvendo bem.

Durante a gravidez, os médicos informaram ao casal que as chances de sobrevivência das meninas eram mínimas. Inicialmente, Chelsea e Nick consideraram a possibilidade de aborto, mas decidiram seguir em frente com a gestação, ainda que sem muita esperança.

pensarcontemporaneo.com - Mãe e pai de gêmeas siamesas que tinham 5% de chance de sobreviver revelam como elas estão agora

Em uma entrevista ao canal Truly no YouTube, publicada recentemente, o casal relembrou essa jornada emocionalmente desgastante.

“No começo, achamos que o aborto seria a escolha mais sensata,” compartilhou Nick. “Ninguém quer carregar seus filhos por meses apenas para vê-los morrer.” Chelsea acrescentou:

“Eu estava preparada para o pior. Achei que elas iriam morrer assim que nascessem.” Mas as pequenas Callie e Carter surpreenderam a todos com sua força e resiliência. “Nós não estávamos preparados. Não tínhamos nem roupas para elas,” lembrou Nick.

As gêmeas são unidas do esterno para baixo, cada uma possuindo seu próprio coração e estômago, mas compartilhando o fígado, intestinos e bexiga.

pensarcontemporaneo.com - Mãe e pai de gêmeas siamesas que tinham 5% de chance de sobreviver revelam como elas estão agora

Leia tambémMulher que fez 5.000 homens se candidatarem para ser seu namorado diz que todos falharam por causa de 7 motivos

Desde o nascimento, elas enfrentaram alguns problemas respiratórios iniciais, mas superaram esses obstáculos e agora são crianças saudáveis e ativas. As meninas, que recentemente completaram a primeira série, utilizam cadeiras de rodas para se locomover e estão aprendendo a andar com a ajuda de fisioterapia.

“Quando elas eram bebês, foi muito difícil para mim”

Apesar de sua saúde robusta, a aparência única das gêmeas frequentemente atrai olhares e comentários indesejados em público. “Algumas pessoas simplesmente olham fixamente,” contou Nick. “Já ouvimos coisas horríveis, como ‘Deus não queria que essas crianças estivessem vivas’.”

Chelsea relembra como costumava esconder as meninas debaixo de um cobertor para evitar essas reações. “Foi muito difícil para mim quando elas eram bebês. As pessoas olhavam e tiravam fotos. Cheguei a quebrar o telefone de alguém. Era mais fácil escondê-las,” disse ela.

pensarcontemporaneo.com - Mãe e pai de gêmeas siamesas que tinham 5% de chance de sobreviver revelam como elas estão agora

Atualmente, os pais não têm planos de separar as meninas, pois a cirurgia seria extremamente arriscada. “Só consideraremos essa possibilidade se houver problemas de saúde ou se elas desejarem se separar,” explicou Chelsea. Ela enfatiza que Callie e Carter são felizes como são e que as amam exatamente do jeito que são. “Elas não têm medo de nada,” acrescentou Nick.

Em uma entrevista à KTVB, Chelsea destacou que suas filhas são como qualquer outra criança. “Elas são apenas duas meninas normais em uma circunstância incomum. Elas frequentam a escola, fazem fisioterapia e participam de atividades normais, como andar de bicicleta,” afirmou.

Chelsea também mencionou que cada uma tem sua própria personalidade. Callie é mais feminina, enquanto Carter é o oposto. “Como qualquer irmã, elas às vezes se cansam uma da outra. Tentamos dar a elas um tempo sozinhas, colocando fones de ouvido e permitindo que assistam TV em seus tablets quando precisam de um espaço,” disse Chelsea.

“Mesmo que Callie e Carter sejam duas pessoas em um corpo, é importante lembrar que elas são indivíduos,” destacou.

O casal espera que a história de suas filhas inspire outros e ajude a reduzir o estigma em torno de condições raras como a delas.

Leia também: Impactante e envolvente, esta série ‘escondida’ na Netflix vai prender sua atenção até o fim

Compartilhe o post com seus amigos! 😉







Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.