Muito foi mudado na Pedagogia teoricamente falando. Mas como se sabe, costumes não são mudados com uma canetada. Embora muitos autores defendam uma Educação libertária e libertadora, o que vemos ainda em muitas salas de aula são crianças, adolescentes, jovens e adultos sendo adestrados para uma vida medíocre por professores igualmente medíocres.
E quando uso o termo mediocridade , não me refiro à falta de conhecimento teórico. Muitos docentes leram “trocentos” livros e estudaram por anos e anos antes de assumirem uma cadeira. Mas ler diversos autores e entrar em contato com diversas teorias não torna necessariamente uma pessoa intelectualizada de forma profunda e verdadeira.
Se o conhecimento teórico e técnico não for lapidado por senso crítico, desenvolvimento da alteridade e consciência das próprias limitações vira pedantismo acadêmico. Se o conhecimento teórico e técnico não for lapidado pelo entendimento afetivo de que o saber só importa na medida em que transforma a nossa vida vira perda de tempo, vira desperdício existencial.
Sim, o saber só faz sentido na medida em que nos torna mais conscientes, mais livres , mais autônomos…e mais felizes, por que não?
Aprendemos para expandir horizontes , quebrar casulos e redomas de vidro. Aprendemos para alçar voos mais altos, romper com a mesmice cotidiana, desafiar o status quo, para descobrir quem somos, para nos conectarmos com as pessoas, para fazer amor com as palavras, brincar com a linguagem reinventando o mundo. Aprendemos para nos curarmos da moléstia da ignorância. E quando uso o termo ignorância, não me refiro unicamente à falta de conhecimento teórico. Me refiro principalmente à ignorância que nos impede de sermos nós mesmos e batalharmos por nossa existência de forma apaixonada.
É inaceitável que ainda existam em todos os graus do ensino, professores que se contentam em ser leitores de Power Point. Nada contra o Power Point como um recurso auxiliar. O problema é restringir tudo à leitura mecânica e decoreba , sem por nada em dúvida, sem por nada em debate.
É inaceitável que ainda existam em todos os graus de ensino, professores que não escutem a voz dos seus alunos. Em uma sociedade informatizada como a nossa , o aluno não depende mais do professor para entrar em contato com informações. O papel do professor é o de lapidar estas informações, auxiliando o aluno a entende-las de forma consciente e profunda.
Também não cabe ao professor fazer lavagem cerebral. Ele deve inspirar. Transmitir seus pontos de vista , mas sem tentar impô-los.
Sim, em minha opinião, sala de aula é espaço para discutir temas atuais e polêmicos. Sala de aula é espaço para ver filmes transgressores e “malditos” pela crítica politicamente correta. Sala de aula é espaço para emitir opiniões, desenvolver ideias, produzir textos irreverentes, fazer avaliações dinâmicas.
Enquanto os professores estiverem mais preocupados com listas de chamada e decorebas do que preparar para a vida , hordas e hordas de profissionais medianos e pessoas apequenadas continuarão sendo jogadas no mercado de trabalho e da vida todos os anos.
Na costa oeste da Irlanda, uma lenda peculiar persiste ao longo dos séculos: a misteriosa…
Estudos recentes têm levantado debates intrigantes sobre a data exata do nascimento de Jesus Cristo,…
Em 1963, Randy Gardner, um adolescente americano de 17 anos, decidiu participar de um experimento…
Lançado em 2022, O Amante de Lady Chatterley, dirigido por Laure de Clermont-Tonnerre, traz para…
O que realmente acontece quando morremos? Essa é uma pergunta que fascina a humanidade há…
Em novembro de 2023, Andalusia Mesa e seu marido Charles receberam seu filho Caper, com…