As autoridades do Quênia, país do leste africano, confirmaram ao menos 73 mortos de uma seita messiânica que incentivava seus seguidores a jejuarem. Todos vieram a óbito devido à fome, à desnutrição e à anemia.

De acordo com a polícia queniana, os corpos foram encontrados ao longo dos últimos três dias (ao menos dez deles nesta segunda-feira, 24) em Malindi, na costa do país, banhada pelo Oceano Índico.

Todos os falecidos faziam parte da Igreja Internacional das Boas Novas, cujo fundador, o pastor Makenzie Nthenge, incentivava os seguidores a fazerem jejum total “para conhecer Jesus”.

Makenzie foi preso há duas semanas, mas seus seguidores seguem escondidos jejuando, segundo as autoridades.

O caso ganhou notoriedade internacional após parte dos corpos terem sido encontrados em uma vala comum em uma floresta na região, onde o grupo costumava se reunir para realizar cultos.

Conforme explicou Charles Kamau, chefe das investigações, a prioridade agora é a busca por desaparecidos: alguns fiéis seguem escondidos, para que possam seguir jejuando.

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Os primeiros quatro (dos 73) corpos foram encontrados há uma semana.

Em meio às buscas, os policiais chegaram à região após uma denúncia que apontava a existência de uma possível vala comum.

No domingo (23), uma mulher que se recusava a ingerir alimentos e com sinais de fraqueza foi encontrada e levada pelas autoridades a um hospital.

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Dias antes, outros 11 fiéis, sendo 7 homens e 4 mulheres de entre 17 e 49 anos, foram hospitalizados após também serem encontrados na mata, conhecida como Floresta Shakahola.

Uma fonte de dentro do departamento de polícia afirmou que Makenzie Nthenge iniciou uma greve de fome e que “está orando e jejuando” enquanto permanece preso.

Ao menos 6 seguidores do pastor também foram detidos.

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Neste fim de semana, um relatório governamental indicou o recebimento de informações sobre várias pessoas “mortas de fome com o pretexto de conhecer Jesus depois que um suspeito, Makenzie Nthenge, pastor da Igreja Internacional da Boa Nova, fez nelas uma lavagem cerebral”.

Segundo a imprensa do Quênia, Makenzie Nthenge já havia sido detido e indiciado em março após 2 crianças da seita morrerem de fome.

O religioso, líder da seita, pagou uma fiança de 100.000 xelins quenianos (cerca de R$ 3,7 mil) e foi liberado.

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Fonte: G1







Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.