O Papa Francisco tem oferecido palavras reconfortantes para aqueles que enfrentam momentos de tristeza profunda e desânimo. Em sua homilia na festa de São Vicente de Paulo, o Papa abordou a experiência da desolação espiritual, um estado que pode deixar qualquer um de nós sem forças e sem esperança.
Ele usou a história de Jó, um personagem bíblico que enfrentou grandes dificuldades e chegou ao ponto de desejar a morte, para nos lembrar que esses sentimentos são comuns, mas que é possível encontrar uma saída.
Segundo o Papa, a desolação espiritual é algo que atinge a todos em algum momento. Ela traz uma sensação de que a vida perdeu o brilho, o sentido, e o desejo de seguir em frente.
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“A alma se sente achatada, sem vontade de viver”, descreveu Francisco. Ele enfatizou que essa situação de tristeza intensa pode se manifestar por diversas razões – tragédias pessoais, doenças ou problemas familiares – e é importante reconhecer quando estamos nesse estado.
Mas o Papa faz um alerta: as respostas fáceis, como tentar ignorar a dor com álcool ou medicamentos para dormir, não são a solução. “Isso não ajuda”, afirmou ele. Em vez disso, Francisco aconselha que nos voltemos à oração, como expressa no Salmo 87, que clama a Deus nos momentos mais sombrios. “Senhor, eu estou cheio de desventuras”, recitou o Papa, lembrando que, em tempos de desolação, é essencial pedir ajuda com fervor e sinceridade.
Francisco também destacou que, além da oração, é importante entender o que está acontecendo no nosso coração. Saber identificar esses momentos de escuridão é o primeiro passo para enfrentá-los. Ele nos encoraja a nos perguntar o motivo da nossa tristeza e a levar essas questões para a oração, buscando respostas e alívio.
O Papa também ofereceu orientações sobre como apoiar quem está passando por esse tipo de sofrimento. Para ele, a presença silenciosa e carinhosa é o que mais conta. “As palavras podem ferir”, alertou.
Em vez de discursos ou tentativas de explicar o sofrimento, o que a pessoa precisa é de proximidade, silêncio e gestos de amor, como carícias ou orações. Segundo Francisco, estar ao lado de alguém em silêncio pode ser mais poderoso do que tentar encontrar as palavras certas.
Ao final, o Papa deixou três conselhos simples, mas profundos, para aqueles que enfrentam a desolação espiritual. Primeiro, reconhecer quando estamos nesse estado e nos perguntar o porquê.
Segundo, recorrer à oração com intensidade, como o Salmo 87 ensina. E terceiro, quando estivermos ao lado de alguém que sofre, oferecer nosso silêncio, amor e presença, sem a necessidade de discursos.
Para Francisco, essas três práticas – reconhecer a dor, orar com sinceridade e estar presente para os outros – podem nos ajudar a enfrentar a tristeza e a desolação. Ele concluiu pedindo que rezemos para receber essas três graças: a capacidade de reconhecer nossa desolação, a força para rezar nesses momentos e a sabedoria para acolher aqueles que também enfrentam dificuldades.
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