Há quem diga que um bom romance tem sempre algo inusitado na receita. Nesse caso, o diretor Staffan Lindberg resolveu apostar em humor, drama familiar e até um toque de maluquice para criar “Os Altos e Baixos do Amor”.

O resultado é um filme que atrai o público por sua naturalidade ao lidar com os dilemas de um casal que decide oficializar sua união em Gotlândia, um lugar cheio de surpresas.

Hanna e Samuel formam o centro dessa trama que brinca com pressões familiares e diferenças culturais. Apesar de parecerem seguros de sua escolha, ambos enfrentam problemas não resolvidos.

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Enquanto tentam organizar uma cerimônia dos sonhos, se veem rodeados por parentes com opiniões fortes e exigências inesperadas. O clima começa a ficar tenso quando a mãe de Samuel, MajGun (interpretada pela talentosa Babben Larsson), insiste em manter tradições suecas, sugerindo que Hanna use um traje típico.

Paralelamente, o pai de Hanna, vivido por Kjell Bergqvist, tenta mediar os conflitos com uma tranquilidade que nem sempre funciona.

O humor surge ao mostrar como pessoas racionais podem agir de forma surpreendente quando sentimentos são postos à prova. As discussões do casal, aparentemente bobas, refletem inseguranças bem profundas, e Lindberg consegue transformar essas cenas em algo que faz rir e pensar ao mesmo tempo.

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A leveza das piadas, somada a momentos reflexivos, cria uma dinâmica envolvente, deixando o espectador curioso para saber se esse relacionamento vai resistir a tantas pressões.

A parte visual também merece elogios. O diretor de fotografia, Erik Nordlund, aproveita cada detalhe de Gotlândia: praias recortadas, campos extensos e construções históricas, todas integradas de forma inteligente ao enredo.

Essas paisagens, banhadas por luz natural, contrastam com as tensões dos personagens, amenizando os conflitos mais dramáticos. Ainda que haja pequenas falhas no ritmo do segundo ato, a autenticidade e o desfecho sincero compensam qualquer deslize.

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“Os Altos e Baixos do Amor” conquistou uma legião de fãs justamente por unir romance e comédia de modo perspicaz.

Com roteiro bem conduzido e um elenco afinado, o filme ganha força e garante um lugar especial na lista de queridinhos da Netflix.

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.