Psicologia e Comportamento

A injusta culpa que as mães carregam dentro de si. Por Içami Tiba

Editora Integrare via Provocações Filosóficas

Içami Tiba, em um dos seus livros, fala sobre a culpa que algumas mães carregam injustamente. Confira um trecho selecionado pela Editora Integrare.

“Se eu pudesse aliviar o mundo de um sofrimento, seria o de remover as culpas indevidas que a maioria das mulheres carrega dentro de si, na função de mãe.”

Para qualquer problema comportamental apresentado por uma criança ou adolescente, ou até mesmo por alguns adultos, há uma mãe se responsabilizando por ele. Há, sem dúvida, responsabilidades de que as mães não podem se furtar na educação dos filhos, mas uma boa parte da culpa é devida à cultura da época e do local, e pode ser evitada.

Hoje a grande culpa indevida é a que a maioria das mães pensa/sente que está “em falta” com os filhos quando trabalha fora. Essa culpa, que sabota a felicidade familiar, deve-se ao pensamento de que ela deveria se dedicar mais aos filhos.

Algumas mães podem ter a opção de não trabalhar e permanecer mais tempo com os filhos. Mas estes não precisam delas o tempo todo e, se precisarem, é porque já existe uma dinâmica de comportamentos problemáticos: o sufocado produz e sustenta um folgado. Ou seja: embaixo de um sufocado (mãe) tem sempre um ou vários folgados (filhos e às vezes também outros adultos).

Enquanto a mãe não resolver essa equação, ficará cada vez mais sufocada, e os filhos, cada vez mais folgados, malcriados e tiranos. Essa sufocada mãe vai achar que 24 horas por dia são insuficientes para atender a tantos folgados e… lá vem a culpa indevida!

A sufocada vai se sufocando porque quer deixar todos os filhos satisfeitos somente quando aprenderem a cuidar de si e dos seus pertences e ajudar os conviventes necessitados. Essa prática entra em conflito com outro pensamento: é obrigação da mãe fazer sempre tudo e mais alguma coisa para os filhos.

Quem foi que estabeleceu essa lei? Quem ensinou a mãe a ser sufocada? Vem da época do machismo, quando surgiu a figura da “boa mãe”, que todas as mulheres buscavam e buscam ser, cujo resultado final é perpetuar os filhos no folgado e inadequado machismo.

A boa mãe ensina o filho a fazer o que é capaz e cobra. Cobrança, estabelecimento de limites, responsabilidade que gera liberdade, ética para ser bem tratada, mesmo estando ausente, perde quem não cuida do que tem, prazos existes para serem cumpridos, necessidades têm que ser satisfeitas e vontades, quando puder, são costumes que devem ser adotados em casa, para que a mãe tenha prazer e paz ao voltar para o “lar, doce lar”…

Pensar Contemporâneo

Um espaço destinado a registrar e difundir o pensar dos nossos dias.

Recent Posts

5 estreias imperdíveis de abril na Netflix para colocar na sua lista agora mesmo

Aqui estão 5 estreias imperdíveis de abril de 2025 na Netflix para você adicionar à…

4 dias ago

Série alemã escondida na Netflix entrega adrenalina pura em 8 episódios

Em meio ao vasto catálogo da Netflix, algumas joias raras podem passar despercebidas. Uma delas…

4 dias ago

Filme cult que chegou à Netflix faz você repensar cada escolha da vida antes dos créditos finais

Entre os títulos que provocam reflexão no catálogo da Netflix, destaca-se Meu Nome é Ray.…

6 dias ago

Animação subestimada na Netflix prova que nem toda história é só para crianças

Em meio ao catálogo da Netflix, algumas animações passam despercebidas, mas oferecem experiências profundas e…

6 dias ago

Comédia romântica escondida na Netflix devolve a fé no amor em menos de duas horas

Em meio ao extenso catálogo da Netflix, algumas pérolas cinematográficas podem passar despercebidas. Uma Parede…

6 dias ago

Assista antes que seja tarde: 5 filmes na Netflix que saem do catálogo nos próximos dias

Nem todo mundo sabe, mas o catálogo da Netflix vive mudando — e isso inclui…

2 semanas ago