Mais de dois séculos e meio. Esse é o tempo que os estudantes brasileiros levarão para se igualar aos estudantes de países desenvolvidos em proficiência de leitura.  Mas, tranquilize-se, em matemática esse nível será igualado em apenas 75 anos. As estimativas são de um relatório sobre a crise da aprendizagem produzido pelo Banco Mundial com dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA).

O Pisa é uma prova coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aplicada a cada três anos entre 35 membros da OCDE e 35 parceiros, incluindo o Brasil. Entre outros itens ela avalia o conhecimento dos alunos em ciências, leitura e matemática.

Os estudantes são avaliados através do PISA, uma prova aplicada a eles a cada três anos, nos 35 estados membros e 35 países, onde se inclui o Brasil.

O problema da defasagem não é só nosso, mas, regra geral, compromete outros países em desenvolvimento. No Quênia, por exemplo, alunos do 3º ano do Ensino Fundamental apresentaram grande dificuldade em ler e interpretar uma frase simples, e na zona rural da Índia, bem mais da metade dos estudantes do mesmo ano, não conseguiu fazer uma subtração de dois dígitos.

A pobreza social de um país decorre do nível de instrução de seu povo. Tem que haver um empenho maior e melhor na aplicação das políticas públicas no sentido de melhorar a educação. Segundo as recomendações do Banco Mundial, seria preciso criar dispositivos para avaliar o nível de aprendizagem dos alunos do ensino fundamental, processo utilizado apenas por metade dos países em desenvolvimento. Outra recomendação é que se ofereça uma estrutura melhor em tecnologia e um acolhimento satisfatório na questão da nutrição.

O relatório ainda propõe que se mobilize toda a comunidade, pelo menos os que se mostram de alguma forma preocupados e interessados em fazer parte da solução.

A frequência escolar não pressupõe uma boa aprendizagem, é o que aponta também o relatório, portanto, políticas que elaboram programas que visam recompensar o estudante que frequenta a escola, têm pouca relevância na retenção de aprendizagem dos alunos. Não basta comparecer às aulas, precisa-se também que o conteúdo aplicado seja assimilado pelo aluno.

 







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