Os imóveis que compõem o patrimônio da família Richthofen, legados a Andreas, irmão de Suzane, enfrentam uma crescente acumulação de dívidas, atingindo aproximadamente R$ 500 mil em débitos relativos a Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e condomínios atrasados. A revelação é oriunda do blog True Crime, de Ullisses Campbell, veiculado no O Globo.
Após Suzane von Richthofen ser sentenciada a 40 anos de prisão pelo assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, ela foi destituída do direito à parcela da herança dos pais. Posteriormente ao hediondo crime, o irmão buscou a Justiça para evitar que Suzane se apossasse de qualquer parte dos bens, obtendo a concessão integral do espólio dos pais, avaliado na época em quase R$ 10 milhões.
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Andreas, herdeiro designado, viu-se na posse de recursos que incluíam dinheiro em contas correntes, aplicações, carros, terrenos e seis imóveis, destacando-se a tristemente célebre mansão onde o casal foi brutalmente assassinado, posteriormente vendida por R$ 1,6 milhão.
Decorridos mais de 20 anos desde o crime, Andreas enfrenta 24 processos judiciais em São Paulo, relacionados a dívidas de IPTU e condomínios em atraso, conforme apurou Campbell. O herdeiro é alvo de processos movidos pelas prefeituras de São Paulo e São Roque referentes a dívidas de IPTU.
Dois dos imóveis herdados tornaram-se alvos de invasões por ‘falsos sem-teto’, destacando-se uma residência na Vila Congonhas, avaliada em R$ 1 milhão, cujas chaves foram trocadas clandestinamente. Outra propriedade, situada no Campo Belo, foi objeto de usucapião por posse prolongada, contínua, pacífica e sem oposição.
O imóvel localizado na Rua República do Iraque, Brooklin Paulista, outrora clínica da psiquiatra Marísia, foi uma das residências de Andreas, durante seus anos de estudo na Universidade de São Paulo. Embora tenha sido alvo de festas esporádicas com som elevado, os vizinhos, por compaixão, nunca apresentaram queixas.
Amigos de Andreas relatam sua relutância em se desfazer dos bens, expressando a intenção de preservar a memória dos pais. Contudo, temem que Suzane, como única herdeira em potencial por não ter filhos, possa ter acesso a esses ativos.
Durante a pandemia, Andreas refugiou-se em um sítio em São Roque, também parte da herança, evitando contatos e mantendo-se desconectado da internet para evitar perturbações. A blogagem de Campbell sugere que procuradores do município de São Paulo planejam ações para leiloar os imóveis em questão.
A busca por Andreas, entretanto, revela-se infrutífera. A advogada Jaqueline Domingues, que o procurou após 20 anos, não obteve sucesso em encontrá-lo desde janeiro de 2023, quando Suzane foi libertada. Nem mesmo sua advogada original, Maria Aparecida Evangelista, possui informações sobre seu paradeiro, tornando desafiadora a tarefa de evitar a perda dos imóveis.
Miguel Abdalla Netto, tio de Andreas, também desconhece seu paradeiro, assim como a imobiliária Laert de João Imóveis, encarregada da administração dos bens, que busca sem êxito sua localização para questões contratuais. Uma das maiores dívidas, referente ao edifício Greenwich Village Campo Belo, já causou perdas significativas a Andreas, que teve sua conta bancária bloqueada por inadimplência, conforme solicitado pela advogada Bruna da Silva Kusumoto, representante do condomínio.
A saga financeira e jurídica que envolve Andreas von Richthofen permanece incerta, enquanto seus imóveis enfrentam a iminência de leilões propostos pelos procuradores municipais.
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Fonte: O Globo