Do site METSUL
Uma frente fria avança neste fim de semana e vai trazer chuva para quase todo o estado de São Paulo com precipitações mais generalizadas neste domingo. Com a atmosfera tomada de material particulado de queimadas sem precedentes no estado paulista, a probabilidade é altíssima de chuva preta com precipitação de soot, ou fuligem.

O estado de São Paulo enfrenta uma onda de incêndios e queimadas sem precedentes desde que se iniciaram as medições por satélite pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais no final da década de 90. Os números do monitoramento não apenas mostram uma situação extremamente grave como um quadro de fogo absolutamente fora do normal e extraordinário.

O estado de São Paulo registrou somente na sexta-feira 1886 focos de calor como efeito das queimadas. O número representa o dobro da média histórica de focos de calor por queimadas de agosto inteiro que é de 914. O número de focos de calor em 48 horas, entre os dias 22 e 23, foi de 2316. Significa que em apenas dois dias o território paulista anotou 253% da média histórica mensal de queimadas de agosto, segundo os dados do Inpe.

Com o número de 1866 focos de calor da sexta-feira, São Paulo neste ano 49743 focos de calor. Com isso, mesmo com dados até 23 de agosto, já é o ano com maios focos de calor desde 2021, que teve no ano todo 5469 ano. O número de focos de calor da sexta-feira de 1866 foi maior que o total de focos de calor do ano inteiro de 2023 (1666) e 2022 (1599).

SOOT E CHUVA PRETA

Soot (fuligem) e a chuva preta estão intimamente relacionados, especialmente em áreas urbanas e industriais onde há grandes quantidades de poluição no ar. A chuva preta é um fenômeno que ocorre quando a fuligem e outras partículas contaminantes presentes na atmosfera se misturam com a umidade e precipitam sob a forma de chuva. Esse tipo de chuva, de coloração escura, é indicativo de altos níveis de poluição, e geralmente é observada em locais próximos a áreas industriais, queimadas ou onde há intensa queima de combustíveis fósseis.

A presença de fuligem na chuva preta é preocupante, pois não só indica a má qualidade do ar, mas também traz implicações ambientais e de saúde significativas. A chuva preta é um exemplo claro de como a poluição do ar pode afetar a precipitação e a qualidade da água. Quando as partículas de fuligem se misturam com a umidade nas nuvens, elas podem agir como núcleos de condensação, em torno dos quais as gotas de água se formam. Isso resulta em uma chuva contaminada com poluentes, que ao cair no solo pode afetar corpos d’água, solos e vegetação. Em áreas onde a chuva preta é comum, a água da chuva pode se tornar inadequada para consumo humano e para irrigação, e pode prejudicar os ecossistemas aquáticos e terrestres.

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