Assim como em muitos outros países, principalmente como nos Estados Unidos, o Brasil ainda tem muito a melhorar e evoluir quando se trata de questões relacionadas ao equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho. Apesar do grande código de direitos trabalhistas, empresas, empregadores e até mesmo os trabalhadores continuam pecando em questões como horas extras excessivas, jornadas de trabalho abusivas e incompatíveis com salários e possibilidade de home office esporádicos.
Portugal, entretanto, está se tornando um exemplo internacional e caminhando em direção às rotinas laborativas saudáveis e equilibradas que respeitam o bem-estar de seus trabalhadores.
Recentemente Portugal implementou uma lei que faz com que seja ilegal para chefes se comunicarem com seus empregados quando estes não estiverem dentro de seus horários de trabalho. Essa regra se tornou especialmente relevante durante a pandemia quando muitos estavam trabalhando de casa fazendo com que as casas se tornassem escritórios, diminuindo os limites entre horário de trabalho e horário de descanso. Segundo essa nova lei, chefes deverão contribuir com os gastos do uso extra da internet e eletricidade do trabalhador e estarão sujeitos a pagar uma multa caso infrinjam a lei e contatem o trabalhador fora do horário de serviço. Hoje em dia no Brasil, que também foi afetado pela pandemia, muitas empresas acabaram o home-office semanalmente ou até mesmo por completo, portanto uma lei como essas é, sem dúvida, um exemplo a se seguir.
A jornada semanal de trabalho em Portugal é de cerca de 40,7 horas, o que pode parecer muito quando comparada com outros países europeus (especialmente os escandinavos), mas no Brasil a jornada está em torno de 42,5 a 44 horas (e isso em um mundo ideal, porque já 7,1% dos trabalhadores prestam serviços por mais de 50 horas por semana). É importante que empresas entendam a importância de jornadas de trabalho que não exaurem os empregados, não somente pela preocupação quanto à saúde desses, mas empregados felizes, com tempo para suas vidas pessoais e tempo para descansarem tem uma performance muito melhor em seus empregos.
Nesses últimos dois anos o trabalho remoto se tornou muito mais presente na realidade das empresas, e Portugal recebeu essa nova realidade de braços abertos. Lisboa e a Ilha da Madeira viraram paraísos para nômades digitais, com centros de co-workings equipados com tudo que for preciso para se realizar projetos, fazer reuniões e até mesmo apresentações por transmissões online ao vivo. A Ilha da Madeira, principalmente, investiu em um projeto chamado Digital Nomads madeira, o qual abriga 100 nômades digitais que buscam se mudar para lá e trabalhar totalmente remotamente. Desde fornecimento de internet gratuita à eventos de socialização entre os nômades, esse projeto piloto deve ser considerado um precursor e inspiração para muitos outros países, especialmente para o Brasil, tendo em vista sua imensidão territorial e maravilhosa fauna e flora, o que permitiria que seus cidadãos trabalhassem para grandes empresas sem precisarem ficar em grandes cidades.
Por fim, não é novidade que Portugal é um dos lugares mais acessíveis para se alugar imóveis, até mesmo quando comparando o centro econômico de Lisboa, Portugal continua se mostrar muito mais em conta. Essa acessibilidade e razoabilidade de preços na hora de alugar um escritório facilita muito o processo do crescimento de pequenas empresas que estão começando a se desenvolver pós pandemia, incluindo start-ups ou até mesmo os espaços de co-working já mencionados.
Comer bem diariamente pode ser um desafio. Confira dicas de como se alimentar melhor, com…
Entenda como regular a temperatura do quarto das crianças no verão e garantir um sono…
Como escritor, costumo investir horas na elaboração de um conteúdo bem pesquisado. Sempre tento compartilhar…
O filme brasileiro Ainda Estou Aqui chegou aos cinemas no dia 7 de novembro e,…
Um filme discreto ganhou destaque no Max e rapidamente conquistou o público brasileiro: Os Horrores…
Uma história de amor com um toque inesperado uniu Jenna e Mitchell, que se reencontraram…