Quanto mais falamos de nosso ciúme, mais as passagens que causaram desagrado aparecem de diferentes perspectivas; as menores circunstâncias as modificam e levam sempre a descobrir algo novo.
Essas novidades fazem rever sob outras aparências o que pensávamos ter visto e pesado de modo suficiente; procuramos nos ater a uma opinião e não nos atemos a nada; tudo o que há de mais oposto e mais apagado se apresenta ao mesmo tempo.
Queremos odiar e queremos amar, mas amamos também quando odiamos e também odiamos quando amamos; acreditamos em tudo e duvidamos de tudo; sentimos vergonha e despeito por termos acreditado e duvidado; trabalhamos incessantemente para impor nossa opinião, mas nunca a conduzimos a um ponto fixo.
Os poetas deveriam comparar essa opinião ao sofrimento de Sísifo, porquanto rolamos tão inutilmente quanto ele uma rocha por um caminho penoso e perigoso; vemos o cume da montanha e nos esforçamos para chegar lá, às vezes temos esperança, mas nunca chegamos.
Não somos bastante felizes para ousar acreditar naquilo que desejamos, nem bastante felizes tampouco para ter a certeza do que mais tememos. Estamos sujeitos a uma incerteza eterna que nos apresenta sucessivamente bens e males, que sempre nos escapam.
La Rochefoucauld
Texto extraído do livro Máximas e Reflexões Morais
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