Em um incidente que capturou a atenção pública no Rio de Janeiro, um jovem entregador de 24 anos, Nilton Ramon de Oliveira, foi baleado na perna por um policial militar durante uma entrega.
O ocorrido resultou em Nilton passando por duas cirurgias críticas, e atualmente, ele luta pela vida na UTI do Hospital Municipal Salgado Filho, no bairro Méier.
Segundo relatos de um membro da família, após a segunda cirurgia, que ocorreu nesta última terça-feira, Nilton conseguiu abrir os olhos, um sinal que a família recebeu com alívio e gratidão.
A primeira intervenção cirúrgica aconteceu na noite de segunda-feira, imediatamente após o incidente, destacando a gravidade do ferimento. A bala atingiu a veia femoral de Nilton, uma artéria vital que provocou um sangramento intenso, mas por sorte, o projétil transpassou a perna, evitando a necessidade de extração.
A Secretaria Municipal de Saúde classificou o estado de saúde do jovem como grave. Entretanto, há esperanças de que, após um período crítico na UTI, Nilton possa ser transferido para um quarto regular, onde começará a receber visitas e o apoio direto de seus familiares e amigos.
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O contexto do incidente
Nilton Ramon de Oliveira é um trabalhador conhecido na área da Praça Saiqui, um ponto vibrante da cidade com um fluxo constante de entregas devido à presença de diversos bares e restaurantes.
O incidente ocorreu quando Nilton fazia uma entrega em uma rua gradeada do bairro e se viu em um conflito com o cliente, um policial militar, sobre os termos da entrega. A discussão escalou rapidamente, com a conversa se desenrolando através de mensagens no aplicativo de entrega.
O entregador, seguindo o protocolo da plataforma, decidiu retornar ao estabelecimento após a recusa do cliente em receber a entrega nos termos acordados. Foi nesse momento que o PM seguiu Nilton, resultando em um confronto físico que culminou com o disparo.
Reações e procedimentos legais
A comunidade de entregadores reagiu ao incidente com protestos, exigindo justiça e segurança no trabalho. O caso está sendo investigado pela 28ª DP (Campinho), e a Corregedoria da PM também iniciou um procedimento para apurar os fatos.
O cabo Roy Martins Cavalcanti, identificado como o autor do disparo, apresentou-se às autoridades e foi ouvido.
Sua versão dos fatos alega legítima defesa, descrevendo uma situação de tensão crescente que, segundo ele, o forçou a usar sua arma para proteger sua própria vida e a de sua esposa, que também se viu envolvida na altercação.
O episódio levanta questões importantes sobre a segurança dos trabalhadores de entrega, o uso da força por agentes da lei e os mecanismos de resolução de conflitos em situações cotidianas.
A comunidade aguarda ansiosamente por mais desenvolvimentos sobre o estado de saúde de Nilton e os resultados das investigações em curso, esperando que tais incidentes sejam prevenidos no futuro.
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Fonte: JF
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