Às vezes, uma história consegue ser ao mesmo tempo um reflexo de desafios pessoais e um espelho das questões culturais mais amplas. É o caso de Dumplin, filme de 2018 que desembarcou recentemente na Netflix.
Baseado no romance de Julie Murphy, que alcançou o topo da lista dos mais vendidos do New York Times, o filme mergulha no mundo das competições de beleza texanas para contar uma história repleta de autoaceitação, música de Dolly Parton e muito coração.
Dirigido por Anne Fletcher e estrelado por Danielle Macdonald e Jennifer Aniston, Dumplin conta a história de Willowdean, apelidada de “Dumplin” por sua mãe, uma ex-rainha da beleza que ainda vive no resplendor de seus dias de glória.
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Willowdean, que sempre se sentiu à margem dos padrões de beleza tradicionais, decide inscrever-se no concurso de beleza local, um evento que sua mãe coordena, para protestar contra as normas convencionais de beleza e para explorar suas próprias inseguranças e dúvidas.
O que torna Dumplin particularmente especial é sua capacidade de tratar temas de autoestima e aceitação corporal sem cair no clichê. O filme tece uma narrativa que é tanto uma celebração da individualidade quanto um olhar crítico sobre como a sociedade interpreta a beleza.
Ao longo do filme, Willowdean e outras personagens secundárias desafiam expectativas, encontram aliados inesperados e descobrem que o verdadeiro valor não está em como elas são vistas pelo mundo, mas como se veem.
A trilha sonora, inspirada e muitas vezes conduzida pelas músicas de Dolly Parton, não é apenas um fundo musical, mas um personagem em si, guiando a narrativa e sublinhando os momentos de crescimento pessoal e revelação.
E a presença de Parton é sentida não só nas canções, mas também como uma influência benéfica nas vidas das personagens, lembrando-nos do poder da música em moldar e expressar nossas identidades mais profundas.
Além da performance inspirada de Macdonald, Jennifer Aniston traz uma complexidade emocional à sua personagem, que luta para reconhecer as aspirações e o valor de sua filha fora do contexto dos concursos de beleza.
Ao final, Dumplin questiona e convida o público a refletir sobre o que realmente significa ser belo. Bravo!!!
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