Filmes e Séries

Filme corajoso da Netflix cativa audiência ao colocar jovem com esquizofrenia no centro da narrativa

A narrativa de “Palavras nas Paredes do Banheiro” (2020), lançado na Netflix, é uma abordagem destemida e tocante sobre os desafios da esquizofrenia na adolescência.

Dirigido por Thor Freudenthal e baseado no romance de Julia Walton, o filme se destaca por sua representação sincera e humanizada da saúde mental, um tema ainda cercado por tabus e estigmas.

O filme segue a jornada de Adam, um jovem brilhante interpretado com sensibilidade por Charlie Plummer, que é diagnosticado com esquizofrenia. O diagnóstico chega em um momento crítico de sua vida, justamente quando ele está navegando pelos desafios do ensino médio e o despertar de um romance com Maya, interpretada por Taylor Russell, uma colega de classe superdotada que inicialmente não sabe de sua condição.

“Palavras nas Paredes do Banheiro” não se esquiva de explorar as realidades perturbadoras da esquizofrenia. Adam luta não apenas com as vozes que ouve, mas também com as visões assustadoras que vê, elementos visuais que o filme habilmente retrata para dar ao espectador um vislumbre de sua experiência.

No entanto, a obra vai além do sofrimento; ela também celebra a resiliência e a busca de Adam por uma vida normal apesar das barreiras impostas pela doença.

Leia tambémApós pacto, senhora de 80 anos guarda cadáver da amiga numa mala por 1 ano

O roteiro, adaptado por Nick Naveda, faz um trabalho excelente ao equilibrar a narrativa entre o drama pessoal de Adam e momentos de leveza e humor, que são essenciais para não deixar a trama pesada demais. Essa mistura permite que a história seja acessível e profundamente emocionante, evitando cair no dramatismo excessivo que muitas vezes acompanha filmes sobre doenças mentais.

A direção de Freudenthal é hábil em alternar entre momentos de crise intensa e tranquilidade, uma dinâmica que reflete as próprias flutuações da esquizofrenia. O uso de efeitos visuais para representar as alucinações de Adam é tanto criativo quanto eficaz, imergindo o público na sua realidade de forma que poucos filmes sobre o tema conseguiram fazer antes.

Por fim, o desempenho de Plummer é uma revelação. Ele consegue capturar a complexidade de Adam, mostrando tanto sua vulnerabilidade quanto sua força. Ao lado de Taylor Russell, que entrega uma atuação igualmente forte, eles formam um duo que traz esperança e humanidade para a história.

Leia tambémAgora na Netflix: Filme baseado em fenômeno literário é o mais visto do streaming em mais de 30 países

Compartilhe o post com seus amigos! 😉

Gabriel Pietro

Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.

Recent Posts

Alternativas para melhorar a alimentação no dia a dia

Comer bem diariamente pode ser um desafio. Confira dicas de como se alimentar melhor, com…

3 dias ago

6 truques para deixar o quarto das crianças refrescante durante o verão

Entenda como regular a temperatura do quarto das crianças no verão e garantir um sono…

5 dias ago

Dicas para superar a detecção de conteúdo de IA na escrita

Como escritor, costumo investir horas na elaboração de um conteúdo bem pesquisado. Sempre tento compartilhar…

5 dias ago

Ainda Estou Aqui: 5 coisas que você precisa saber antes de assistir ao filme nº 1 do Brasil em novembro

O filme brasileiro Ainda Estou Aqui chegou aos cinemas no dia 7 de novembro e,…

5 dias ago

O filme com viagem no tempo que todo mundo está assistindo

Um filme discreto ganhou destaque no Max e rapidamente conquistou o público brasileiro: Os Horrores…

5 dias ago

“Como se fosse a primeira vez”: Jovem se casa com ex-namorado que, após lesão na cabeça, esqueceu que haviam terminado há 7 meses

Uma história de amor com um toque inesperado uniu Jenna e Mitchell, que se reencontraram…

7 dias ago