Ehrengard: A Ninfa do Lago é uma obra cinematográfica de grande destaque, dirigida pelo renomado cineasta dinamarquês Bille August. Baseada no romance de Karen Blixen e adaptada para o cinema por Anders Frithiof August, filho do diretor, o filme é o resultado de uma produção que se estendeu por mais de uma década.
Uma verdadeira celebração visual, a obra apresenta uma estética barroca deslumbrante, cenários pitorescos e uma paleta de cores celestial que prende a atenção do espectador. A história se desenrola no fictício reino de Babenhausen, onde somos apresentados a Cazotte (interpretado por Mikkel Boe Følsgaard), um habilidoso pintor de retratos realistas que desfruta de influência na nobreza.
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Sua clientela inclui a grã-duquesa (interpretada por Sidse Babett Knudsen), uma mulher de grande inteligência e perspicácia, lutando para manter a estabilidade do trono contra as ameaças impostas pelos parentes de seu falecido marido, que indiretamente se tornou rei. O filho do casal real, Lothar (interpretado por Emil Aron Dorph), vive cercado por mulheres, mas sua hesitação em casar é uma preocupação para a grã-duquesa, que receia pela continuação da linhagem real.
Diante desse dilema, a grã-duquesa recruta Cazotte, um sedutor nato, para ajudar o jovem príncipe a despertar o interesse pelo casamento.
Cazotte, por sua vez, utiliza métodos únicos para cumprir essa missão desafiadora. Ele se aproxima de Lothar como um amigo e confidente, convencendo-o de que o casamento pode proporcionar uma vida repleta de aventuras e satisfação. Com desenhos eróticos e sugestivos, Cazotte estimula a imaginação do príncipe, incentivando-o a buscar uma esposa e cumprir suas obrigações reais.
A estratégia de Cazotte envolve a apresentação de Ludmilla (interpretada por Emilie Kroyer Koppel), a caçula de uma família aristocrática, como uma candidata ideal ao coração do príncipe. Sua beleza radiante e encantadora personalidade conquistam a grã-duquesa, tornando-a uma escolha promissora.
No entanto, por trás de seu aparente altruísmo, Cazotte esconde seus próprios interesses. Ele busca a permissão da grã-duquesa para retratar Ehrengard (interpretada por Alice Bier Zanden), uma mulher notavelmente bela, mas mantida sob proteção rigorosa por sua família conservadora.
À medida que o casamento de Lothar e Ludmilla se concretiza e revela-se uma gravidez precoce, a grã-duquesa, com o apoio de Cazotte e Ehrengard, concebe um plano para proteger a linhagem real. O jovem casal é enviado para uma propriedade isolada sob o pretexto de uma suposta doença de Ludmilla, visando manter a gravidez em segredo e proteger a sucessão ao trono.
Conforme a trama se desenrola, Cazotte se encontra cada vez mais atraído por Ehrengard, mas suas habilidades de sedução são postas à prova. O pintor, observador discreto entre árvores e paredes, anseia por Ehrengard, uma beleza etérea, sem saber como conquistar seu coração.
Ehrengard: A Ninfa do Lago é, inegavelmente, uma obra de arte visualmente deslumbrante. Entretanto, o roteiro de Anders Frithiof August, embora sólido, deixa a desejar em termos de desenvolvimento dos personagens e da trama. A química entre os personagens de Følsgaard e Zanden deixa a desejar, impactando o filme como um todo. Mesmo com a genialidade de Bille August na direção, a narrativa deixa a sensação de que seu potencial não foi completamente explorado.
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Fonte: ZAP