Rob Spence, hoje apelidado de ‘Eyeborg’, transformou um evento devastador de sua infância em uma inovação impressionante. Tudo começou quando, ainda menino, Rob sofreu um grave acidente ao manusear uma espingarda.

Ele relembra com detalhes: “Estava tentando atirar em uma pilha de esterco de vaca, mas não segurei a arma corretamente.”

Como consequência, passou por uma série de cirurgias para salvar seu olho, mas, anos depois, a situação se agravou, levando à necessidade de remover o olho devido à degeneração da córnea.

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Em vez de se deixar abater por essa tragédia, Rob encontrou uma maneira única de reinventar sua própria história. Inspirado por um brinquedo de sua infância, o boneco do Homem de Seis Milhões de Dólares, ele teve a ideia ousada de substituir seu olho perdido por uma câmera.

O que parecia ser apenas uma ideia de ficção científica, logo começou a tomar forma na vida real, resultando em uma prótese ocular equipada com uma câmera sem fio.

Para transformar essa ideia em realidade, Rob contou com a colaboração de especialistas em tecnologia. Kosta Grammatis, engenheiro e designer de radiofrequência, foi fundamental no desenvolvimento do olho-câmera.

Este aparelho engenhoso inclui uma série de componentes miniaturizados, como um transmissor, uma bateria, uma câmera e até um interruptor magnético para ligar e desligar o dispositivo.

Outro colaborador crucial foi o engenheiro elétrico Martin Ling, que desenvolveu uma placa de circuito minúscula, capaz de processar e transmitir as imagens capturadas pela câmera.

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Embora o dispositivo não esteja conectado ao nervo óptico de Rob, ele pode filmar até 30 minutos de vídeo, capturando imagens a partir de um ângulo verdadeiramente único.

Como cineasta, Rob viu nessa inovação uma oportunidade valiosa para seu trabalho, permitindo-lhe gravar conteúdos sob uma perspectiva totalmente nova.

Quando compartilhou pela primeira vez sua ideia com outras pessoas, Rob temia que a reação fosse de ceticismo. No entanto, para sua surpresa, muitos, especialmente engenheiros, ficaram entusiasmados com o projeto. “Os engenheiros adoram ficção científica e cultura pop”, diz Rob, “e essa ideia é algo que parece ter saído diretamente desse universo.”

Ao longo dos anos, o olho-câmera de Rob passou por diversas melhorias. Em seu site, é possível ver diferentes versões do dispositivo, desde uma com concha transparente que revela sua tecnologia interna, até outras mais realistas ou até mesmo inspiradas em personagens de filmes, como o famoso “Exterminador”. Essas variações refletem a constante evolução e aperfeiçoamento de sua criação.

Em 2009, o impacto de sua invenção foi oficialmente reconhecido quando o olho-câmera de Rob foi incluído no Livro Guinness de Recordes Mundiais como o primeiro de seu tipo, marcando uma nova era na interseção entre a tecnologia e a prótese ocular.

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.