José Ospina-Valencia, jornalista da redação da DW – em espanhol, escreveu um importante artigo acerca da ascenção e domínio das igrejas neopentecostais em toda a América Latina.
Este domínio, assevera sensatamente o jornalista, coloca em xeque a democracia no continente, fazendo com que regressemos décadas e décadas com relação a direitos adquiridos e garantias individuais e sociais.
Segundo Valencia: “A luta das igrejas neopentecostais na América Latina é uma luta pelos pobres: por sua consciência, por suas carteiras e por seus votos.”
Cita que em Costa Rica, na Guatemala, Colômbia, Venezuela e Perú, a ascenção e eleição de políticos neopentecostais vem causando uma onda de retrocessos no tocante aos direitos LGBT e emancipação feminina. Assevera que, “paradoxalmente, apesar de essas sociedades terem avançado cultural e economicamente, também graças ao princípio liberal e protestante de que “os pensamentos são livres”, o movimento neopentecostal ataca o Estado de opinião. O radicalismo de suas ideias contra as conquistas dessas sociedades abertas, como a abolição da pena de morte, a autodeterminação da mulher e o respeito aos direitos das minorias é difamado como uma suposta “ideologia de gênero” que pretende destruir a família e a moral”.
Vale a leitura integral do artigo (CLIQUE AQUI) e a serena e profunda reflexão sobre essa arte milenar de ludibriar pessoas em nome da fé. Valendo-se, não raro, da imaturidade e da genuína crença de cada um.