Craque dentro e fora de campo: Hakim Ziyech foi o autor de um golaço contra o Canadá na Copa do Mundo do Catar, e é um ídolo para a torcida do Marrocos. Recentemente, a imprensa especializada descobriu que o jogador doa parte de seu salário para funcionários da seleção e pessoas carentes do seu país.
Filho de pais marroquinos, Hakim nasceu na Holanda após sua família imigrar para o país europeu em busca de uma vida melhor.
Hoje, o atleta atua em um clube da primeira divisão da Inglaterra e veste as cores da camisa da seleção da terra natal de seus pais.
A trajetória do futebolista tem sido marcada pela consistência: começou a jogar na Holanda e se destacou na liga do país, época em que manifestou a vontade de representar o Marrocos em campeonatos internacionais.
Na época, o técnico do seu time o criticou publicamente. Ainda assim, Hakim seguiu seu coração e em 2018 se juntou à seleção do Marrocos em sua primeira Copa do Mundo, na Rússia.
Naquela edição, o time foi eliminado ainda na primeira fase, e pra piorar, o jogador se desentendeu com o então técnico, que afirmou “que jamais o iria convocar, nem se ele fosse Lionel Messi”.
Nos anos seguintes, Hakim jogou pelo Ajax (um clube inglês) e hoje faz parte do Chelsea.
Para ele, voltar à seleção do Marrocos parecia um sonho distante, no entanto, com a mudança do técnico, ele ganhou uma nova chance e mostrou aos marroquinos porque tem tanto orgulho em jogar pelo país dos seus pais.
Recentemente, conforme revelado pelo professor e ativista Khaled Beydoun, “a estrela do Marrocos Hakim Ziyech nunca ganhou um único dólar enquanto jogava por seu país (desde 2015). Ele doa tudo para funcionários da equipe e famílias pobres em Marrocos, sua terra natal”.
Na última década, Marrocos enfrentou uma grave crise econômica, que vem sendo suavizada nos anos recentes. Entretanto, a taxa de pobreza do país continua a ser uma das mais altas da região do Mediterrâneo, com 15 em cada 100 habitantes vivendo abaixo da linha da pobreza.
De acordo com o portal Metro, esta não é a primeira vez que o jogador doa seu salário para a filantropia: quando atuava pelo Ajax, entre 2016 e 2020, foi noticiado que ele contribuiu com quase 200 mil euros (cerca de R$ 1,2 milhão) para uma ONG do Marrocos que ajuda pacientes com câncer.
Trata-se de uma contribuição pessoal de Hakim, que perdeu o pai quando tinha apenas 10 anos para a doença.
Desta forma, ações como a do futebolista de 29 anos, que leva uma vida discreta, são mais um motivo para que muitos torçam para que Marrocos consiga brilhar ainda mais no Catar.
Para a comunidade do futebol, esta seria uma vitória não apenas para o esporte, mas para que uma nação da África possa mostrar ao resto do mundo, orgulhosamente, seu talento, seu poder e potencial.
Fonte: Conexão Planeta