'Levar um pé na bunda pode ser mais doloroso do que a morte', diz o neuropsicanalista Emanuel Aragão - entenda porquê
Emanuel Aragão, conhecido por sua atuação como neuropsicanalista, escritor e filósofo, compartilhou uma visão provocativa sobre as emoções humanas que muitos podem se identificar.
Segundo ele, uma separação pode ser ainda mais dolorosa do que a morte. Em seu mais recente livro, Dez Princípios no Fim, lançado no dia 27 na Livraria da Travessa, no Shopping Leblon, ele aborda questões profundas sobre como lidamos com os afetos e as transformações da vida.
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No livro, Emanuel examina a ideia de que nossa consciência é moldada pelas emoções, mais do que pelos pensamentos racionais. Ele sugere que tudo o que sentimos e pensamos tem uma base afetiva.
“Qualquer experiência subjetiva é afeto”, comenta. Para ele, esses afetos podem ser sensoriais, fisiológicos ou emocionais, funcionando como bússolas que orientam nossas decisões e reações. O grande desafio, segundo o autor, é manter-se equilibrado diante das intensas emoções que enfrentamos.
Um dos pontos centrais de seu trabalho é a análise do luto, tanto pelo falecimento quanto pela perda emocional que uma separação pode causar. Emanuel fala abertamente sobre a dor de perder alguém, como a morte de seu pai e o impacto que isso teve em sua relação com seu filho Martim, de 10 anos.
Através dessas experiências, ele tenta ensinar seus leitores a processar a dor e as perdas da vida, algo que ele acredita ser essencial para uma existência mais equilibrada.
Emanuel vai além ao abordar as separações amorosas, trazendo uma reflexão que pode surpreender muitos. Para ele, o rompimento de um relacionamento pode ser comparado à morte, mas com uma diferença crucial: na separação, o outro escolhe te deixar.
Isso, segundo ele, faz com que o famoso “pé na bunda” seja ainda mais doloroso. Afinal, é a rejeição consciente que fere mais profundamente do que a perda inevitável da morte.
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