Como saber qual o melhor caminho a seguir quando o coração diz uma coisa e a mente diz outra?”
No vídeo abaixo a Monja Coen explana sobre a angustia e o medo de tomar decisões. Toda tomada de decisão implica numa renúncia, ou seja, escolhe-se uma coisa e abandona-se outras, mas esse processo é natural e não tem como ser de outra forma.
Assista ao vídeo ou leia a transcrição da fala logo abaixo
“A indecisão é muito dofícil, né?! Porque quando nós tomamos uma decisão, nós deixamos de fazer alguma outra coisa e ficamos sempre sofrendo … a liberdade é angustiante, e somos seres humanos, e temos a liberdade de escolher. E, porque temos liberdade de escolha sofremos. E dizer “que bom ser livre!” Não!, que difícil ser livre, que difícil ter que fazer escolhas . Porque se eu escolho estar aqui em vez de estar lá, não foi bom eu digo: “Poxa , porque eu não escolhi aqui?” Mas nós escolhemos, e depois de ter feito escolha temos que assumir a responsabilidade pela escolha que fizemos, e apreciar, e transformar isso em algo maior. Indecisão?! Com certeza! Imagine frente a inúmeras possibilidades de carreira, de vestibular, como é que eu vou decidir qual delas que vai ser a rota de toda a minha vida.
Mas lembra que não é sempre de toda a sua vida, em qualquer momento você pode mudar de novo, você pode escolher hoje estudar filosofia e daqui a dois anos você descobrir que ama matemática, e que na verdade você quer ser um matemático; e ela faz parte da filosofia até. Não se oponha E você pode ser um especialista em matemática… ou vice versa. Então as nossas decisões de agora, elas são muito guiadas pelas influências todas que nós temos das pessoas à nossa volta, da sociedade, desse momento histórico, mas como tudo muda e você muda, não tome isso muito pesado, apenas decida-se e assuma responsabilidade da sua decisão. E se por acaso percebeu que não foi a melhor decisão, que ela não foi correta, corrija!
Saiba, essa humildade de dizer: “Nossa, me enganei! Eu vou corrigir isso agora”, e tornar isso melhor pra você e para o mundo. A gente se forçar em coisas que não cabem, causam muita dor e sofrimento para você e para os outros. É difícil decidir. Não é muito mágico não, e não é muito lógico também. Seguir o coração ou a mente? eu acho que nós temos que seguir os dois.
No meu mosteiro a minha mestra sempre recomendava que nós seguíssemos o nosso coração. De você perceber se o que realmente é mais importante para você, não o que é logicamente melhor, mas o que você sente ser melhor. Mas não faça do seu sentimento alguma coisa que não seja racional. Eu posso ter vontade de pular da janela, deve ser uma delícia voar, mas eu não vou pular da janela e voar porque não eu não tenho condições.
Então não é só o que eu sinto, se isso for levado ao extremo é uma bobagem, mas o que é racionalmente adequado, mas o que o meu coração concorda, que o meu coração diz: “Não, esse é um caminho, isso é o que eu gosto de fazer, o que eu posso fazer de melhor que está nesta atividade, nesse encontro, neste relacionamento”. Então construa a sua realidade com suas decisões do coração e da mente.
Material extraído do canal MOVA
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