Casal de araras-canindés visita quintal de corretora de imóveis desde 2017; registro mostra ave abrindo coco com o bico e bebendo água.
Um vídeo de uma arara-canindé bebendo água de coco em uma palmeira viralizou nas redes sociais. A imagem gravada com celular mostrava a ave segurando o fruto, perfurando- o com bico e ingerindo o líquido de forma impressionante.
A cena encantadora e não tão fácil de ser observada caiu na internet. Foi compartilhada por personalidades como o padre Fábio de Melo. Na página pessoal do Instagram o vídeo teve mais de 1 milhão de visualizações. A repercussão foi enorme também no Twitter, Facebook e Whatsapp e claro, acabou sendo divulgada por inúmeras pessoas com autorias distintas.
Entre tantas publicações compartilhadas algumas mencionavam que o flagrante tivesse sido gravado em Tocantins, Goiás e até Rio de Janeiro. Porém a cena foi registrada na realidade em Cuiabá (MT), mais precisamente no quintal da corretora de imóveis, Márcia Fett, que observa as aves há mais de dois anos.
“Desde 2017 elas vêm e a gente sempre tenta registrar. Mas quando a gente vê elas já voaram e foram embora. Eu não sei se são as mesmas mas já tem tempo que elas aparecem aqui”, diz.
A cena que comoveu as pessoas nas redes sociais é corriqueira do cotidiano da corretora, que lembra a primeira vez que observou o momento da ave bebendo água de coco na palmeira.
“Eu nem sabia que elas bebiam água de coco, e que ela abria na verdade. Aquele bico da arara é muito potente para abrir um coco verde. Aquele bico dela é um abridor. Um dia ela chegou e a gente estava na piscina. Foi em 2017 a primeira vez que nós vimos de verdade, eu nem sonhava com isso. Ela chegou, normalmente em casal, pegou um coquinho, eles pegam sempre os menores, segurou, abriu com o bico, bebeu e depois que tomou tudo joga fora. Então a gente tinha até que desviar na piscina porque senão vinha na cabeça”, lembra alegremente.
De acordo com a moradora o casal bebe de 4 a 5 cocos em cada visita. Os cachos grandes são retirados para uso próprio da família e os pequenos são mantidos para os visitantes. “Aqui tem muitas araras e papagaios, e eles vêm por causa dos coqueiros. Temos muitos coqueiros. Eu moro em uma rua normal, não tem área verde, mas fica mais afastada, onde tem quadras de futebol e essas coisas”, conta.
Para Márcia a presença dos psitacídeos no quintal é melhor do que um grande sonho que tinha na infância. “Quando eu era menina eu sonhava em ter um papagaio, mas não podia, e agora tem várias araras aqui e a gente assiste tudo de perto, hoje a gente não tem vontade de tê-las presas, é muito mais bonito vê-las livres vindo tomar água e indo embora”, comenta.
Registro completo em G1