Em julho de 2013, Kali Hardig, uma garota de 12 anos na época, viveu uma experiência que mudou sua vida para sempre. Ela havia passado o dia se divertindo no Parque Aquático Willow Springs, em Little Rock, Arkansas, como fazia durante todo aquele verão.

O que ninguém poderia imaginar é que, ao retornar para casa, Kali começaria a sentir uma dor de cabeça leve que rapidamente se transformaria em uma luta pela vida. Diagnosticada com uma rara e agressiva ameba comedora de cérebro, ela entrou em coma por 22 dias, mas conseguiu sobreviver, contra todas as probabilidades.

Agora, aos 23 anos, Kali, que trabalha como secretária e é mãe da pequena Adalynn, relembra com detalhes esse episódio marcante em sua vida.

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O dia que mudou tudo

Naquele dia, Kali aproveitou ao máximo a diversão no parque aquático. Como de costume, ela mergulhou e brincou na água sem preocupações. No entanto, algo diferente aconteceu: a água entrou em seu nariz quando ela acidentalmente caiu enquanto brincava.

Naquele momento, nada parecia fora do comum, mas, ao chegar em casa, a leve dor de cabeça que sentia foi o primeiro sinal de que algo estava muito errado.

Na manhã seguinte, o desconforto na cabeça havia piorado, e Kali começou a apresentar febre alta. Sua mãe, Traci, inicialmente achou que o cansaço e o calor do dia anterior poderiam ser os responsáveis, mas a situação logo se mostrou mais grave.

Com a dor aumentando e sem forças para levantar a cabeça, Kali foi levada ao pronto-socorro, onde o diagnóstico inicial foi de gripe. No entanto, a intuição de sua mãe dizia que a situação era muito mais séria, e ela insistiu para que os médicos investigassem mais a fundo.

O diagnóstico

A insistência de Traci fez toda a diferença. Após uma série de exames, incluindo uma punção lombar, os médicos descobriram que Kali havia contraído uma ameba comedora de cérebro, uma infecção rara e quase sempre fatal.

Eles informaram à família que a garota tinha uma chance de sobrevivência de apenas 1% e que, se sobrevivesse, provavelmente ficaria com sequelas graves, como paralisia. A previsão dos médicos era sombria: disseram que Kali não passaria daquele fim de semana.

Kali foi colocada em coma induzido, e a luta pela vida começou. Durante 22 dias, ela permaneceu inconsciente, enquanto uma equipe médica fazia de tudo para mantê-la viva. Quando finalmente saiu do coma, o caminho para a recuperação estava apenas começando.

Longa estrada para a recuperação

Despertar do coma foi apenas o primeiro passo. Kali teve que reaprender praticamente tudo, desde andar até realizar tarefas simples do dia a dia. A reabilitação intensiva se tornou parte de sua rotina, e, apesar dos desafios, ela foi superando cada obstáculo com determinação. Um dos maiores medos que precisou enfrentar foi o contato com a água.

A ideia de voltar a nadar parecia assustadora, mas, com o apoio de seus terapeutas, ela conseguiu vencer essa barreira.

Além da reabilitação física, Kali também precisou retomar os estudos. Após meses de tratamento, ela participou de um acampamento para vítimas de lesões cerebrais, onde continuou sua educação e terapia, recuperando o atraso escolar. Sua coragem e perseverança permitiram que ela voltasse à escola após o Natal, pronta para recomeçar sua vida.

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Lições para o futuro

Hoje, como mãe, Kali é extremamente cautelosa quando se trata de segurança na água. Ela insiste para que sua filha Adalynn tape o nariz ao nadar e prefira piscinas tratadas quimicamente.

A experiência traumática pela qual passou a transformou em uma defensora da conscientização sobre os riscos raros, mas graves, que a água não tratada pode representar.

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Gabriel tem 24 anos, mora em Belo Horizonte e trabalha com redação desde 2017. De lá pra cá, já escreveu em blogs de astronomia, mídia positiva, direito, viagens, animais e até moda, com mais de 10 mil textos assinados até aqui.