Por Fátima Servián Franco do site La Mente es Maravillosa
Ilustração da capa de Luiza Bione
Como em todos os conceitos, ou como tudo na vida, nunca há categorias definitivas ou definições absolutas. Isso acontece com o orgulho, que pode ser bem ou mal utilizado. Na psicologia, dois tipos de orgulho foram definidos, o positivo e o negativo. Orgulho positivo é chamado de auto-estima e auto-confiança e orgulho negativo se chama soberba.
O orgulho positivo é necessário para nos sentirmos seguros e levar uma vida equilibrada, para nos valorizarmos em nossa medida certa, para nos colocarmos em nossa existência e nos orgulharmos disso: isso é absolutamente saudável. O segundo orgulho, aquele que nos afasta do mundo, será o melhor gerador dos conflitos que podemos ter.
O lado negativo do orgulho é definido como o excesso de estima em relação a si mesmo e aos próprios méritos, pelos quais a pessoa se acredita superior aos outros. Esse tipo de orgulho nos incapacita de reconhecer e corrigir nossos próprios erros e destaca a falta de humildade.
“Se não se modera o orgulho, ele será nosso maior castigo” -Dante Alighieri
A humildade, uma qualidade contrária ao orgulho, é o que nos permite adotar uma atitude aberta, flexível e receptiva para aprender o que ainda não sabemos. Pessoas orgulhosas transmitem muitas queixas mentais devido ao seu ego exagerado, queixando-se de pessoas, situações, tempo, país, etc. Isso inevitavelmente fará com que elas saltem de um conflito para outro.
Quando o orgulho se torna soberba
A palavra soberba vem do latim superbĭa e é um sentimento de se valorizar acima dos outros, supervalorizando o eu em relação aos outros. É um sentimento de superioridade que leva a se gabar das qualidades ou idéias próprias e a depreciar os outros.
Pode-se dizer que o orgulho pode levar à soberba. A soberba é uma atitude orgulhosa que encontra sua definição na ousadia da pessoa que engrandece a si mesma.
O orgulho, que nos leva a nos sentirmos superiores sempre que nos comparamos com alguém, revela um complexo de inferioridade. É daí que vem a arrogância, com a qual tentamos mostrar que estamos sempre certos. Nós também usamos a vaidade, mostrando nossos méritos, virtudes e realizações.
Essas pessoas podem ser muito intolerantes ideologicamente, agarrando-se a uma posição única e não permitindo qualquer contribuição de outras pessoas. Sua capacidade de auto-reconhecimento é muito baixa, pois mostram grande resistência a pedir perdão e mudança pessoal: não pensam em mudança porque acham que o fazem bem.
Eles apresentam um endurecimento emocional, uma distância emocional. Eles dificilmente esquecem uma ofensa. Essas características bloqueiam as relações interpessoais.
Honestidade para derrubar nosso orgulho
A honestidade pode ser muito dolorosa no começo, mas a médio prazo é muito libertadora. Permite-nos encarar a verdade sobre quem somos e como nos relacionamos com o nosso mundo interior. É assim que começamos o caminho que nos leva ao nosso bem-estar emocional. Cultivar essa virtude tem uma série de efeitos terapêuticos.
Em primeiro lugar, o medo de conhecer a nós mesmos e enfrentar nosso lado sombrio diminui. Também nos torna incapazes de continuar usando uma máscara para agradar aos outros e sermos aceitos pelo nosso ambiente social e de trabalho. Por sua vez, essa qualidade nos impede de continuar ocultando nossos conflitos emocionais sob o tapete.
A honestidade nos dá a força para nos questionar, identificando a falsidade e as mentiras que nos ameaçam, como tentações, de dentro de nós. Na medida em que a honestidade é integrada em nosso ser, nosso orgulho irá desaparecer por não ter que representar papéis, a fim de dar a imagem de alguém que não somos.
“A honestidade é o primeiro capítulo no livro da sabedoria.”
-Thomas Jefferson-
Ilustração by @luizabione
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