Uma tragédia abalou a família Cossettini durante suas férias no Egito, lançando luz sobre uma condição médica até então desconhecida e gerando questionamentos sobre os cuidados médicos prestados ao jovem Mattia.
O menino de 9 anos, morador de Tricesimo, na Itália, viajou com seus pais e irmão mais novo para Marsa Alam no dia 2 de janeiro, em busca de descanso e lazer. No entanto, o que era para ser uma semana de alegria se transformou em um pesadelo.
Em 5 de janeiro, durante um passeio de barco, Mattia desmaiou repentinamente. Ao recobrar a consciência, queixou-se de fortes dores de cabeça. Preocupados, seus pais o levaram à equipe médica do resort onde estavam hospedados.
O diagnóstico inicial foi de insolação, e Mattia foi medicado e hidratado por via intravenosa. Apesar dos cuidados, seu quadro clínico se agravou durante a noite, com vômitos, dores de cabeça persistentes e convulsões. Diante da piora, Mattia foi transferido para o Marsa Alam One-Day Surgery Hospital nas primeiras horas do dia 6 de janeiro.
Segundo o jornal egípcio Ahram, a Red Sea Health Directorate divulgou em 10 de janeiro que Mattia sofria de um tumor cerebral pré-existente, agravado por pneumonia, o que culminou em uma parada cardíaca.
A diretoria afirmou que o menino chegou ao hospital em estado crítico, “inconsciente e em morte clínica”. Uma tomografia computadorizada revelou uma hemorragia cerebral causada pelo tumor.
Equipes médicas tentaram drenar fluidos das vias aéreas de Mattia e realizaram manobras de ressuscitação, mas sem sucesso. A criança faleceu no hospital. Em comunicado no Facebook, a diretoria de saúde declarou: “A morte foi causada por complicações de um tumor cerebral, que a criança já apresentava antes de viajar para o Egito”.
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A notícia da morte de Mattia chocou a comunidade de Tricesimo e gerou comoção na Itália. O pai do menino, Marco Cossettini, de 41 anos, expressou sua dor e descrença ao jornal italiano Corriere della Sera: “Mattia entrou em coma. Estamos esperando para entender mais. Meu filho sempre teve ótima saúde. Só posso dizer que ele estava perfeitamente bem até desmaiar.”
A família, que desconhecia qualquer problema de saúde preexistente, busca respostas para a tragédia. A advogada Maria Virginia Maccari, que representa a família Cossettini, informou ao Il Messaggero que eles não tinham conhecimento do tumor cerebral.
Em comunicado à imprensa italiana, Maccari afirmou que os pais retornaram para a Itália e aguardam a liberação do corpo de Mattia pelas autoridades egípcias. “Nesta fase delicada, por respeito à família e à sua privacidade e à da vítima muito jovem, não divulgaremos nenhum comentário”, declarou a advogada.
As autoridades locais iniciaram uma investigação para apurar as circunstâncias da morte de Mattia, incluindo a conduta da equipe médica do resort e do hospital. A investigação busca determinar se houve negligência ou demora no diagnóstico e tratamento que possam ter contribuído para o trágico desfecho.
Enquanto a família Cossettini enfrenta a dor da perda repentina, a comunidade de Tricesimo se une em solidariedade. Mattia, que completaria 10 anos em 23 de dezembro, era um menino ativo e engajado.
Em novembro, candidatou-se ao Conselho da Juventude com propostas para uma cidade mais limpa e sustentável, demonstrando preocupação com o meio ambiente. A lembrança de sua vitalidade e ideais permanece viva na memória de amigos e familiares.
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