Pope Francis leads the celebration of the Way of the Cross on Good Friday on March 29, 2013 at the Colosseum in Rome. Pope Francis presided over his first Good Friday which will culminate in a torch-lit procession at Rome's Colosseum and prayers for peace in a Middle East "torn apart by injustice and conflicts". AFP PHOTO / GABRIEL BOUYS
Em meio à onda populista que se alastra pela Europa e pelos Estados Unidos, o Papa Francisco afirmou que um dos grandes perigos da atualidade é procurar “salvadores”, assim como ocorreu com Adolf Hitler na década de 30.
A declaração foi dada durante longa entrevista ao jornal espanhol El País e provocou reações imediatas na Itália. Perguntado sobre a ausência de lideranças sólidas em função da crise e do aumento da desigualdade, o pontífice disse que o exemplo mais típico do populismo europeu é a Alemanha.
“Destroçada, a Alemanha busca se levantar, busca sua identidade, busca um líder, alguém que devolva sua identidade, e há um rapazinho que se chama Adolf Hitler e diz: ‘eu posso, eu posso’. E a Alemanha inteira vota em Hitler. Hitler não roubou o poder, foi votado por seu povo e depois destruiu seu povo. Esse é o perigo. Em momentos de crise, o discernimento não funciona”, declarou.
O papa acrescentou que a sociedade busca um “salvador” que a defenda com “muros, alambrados, com o que seja, de outros povos” que possam “tirar sua identidade”. “Isso é muito grave. Por isso sempre digo: dialoguem entre vocês. O caso da Alemanha em 1933 é típico: um povo que estava em crise, que buscou sua identidade, e apareceu esse líder carismático que prometeu lhes dar uma identidade. E sabemos o que aconteceu”, lembrou Francisco.
O líder da Igreja Católica também ressaltou que todos os países têm o direito de controlar suas fronteiras, principalmente os ameaçados pelo terrorismo, mas que nenhum pode privar seus cidadãos do diálogo com os vizinhos.
Símbolo do populismo e ultranacionalismo na Itália, o secretário federal do partido Liga Norte, Matteo Salvini, comentou as declarações e rechaçou comparações com Hitler. “O papa diz que Hitler nasceu do populismo? Deve ter sido mal interpretado. O papa fala com as almas. Além disso, Hitler morreu e foi sepultado. Se dizem que sou populista, fico contente, porque quer dizer que falo com o povo”, afirmou.
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