A canção “Gentileza”, de Marisa Monte, ganhou, no último final de semana, várias postagens nas redes desencadeadas pela ação fascista do prefeito de João Doria, que mandou apagar os grafites da Avenida 23 de Maio.
A canção se refere aos grafites do Profeta Gentileza, figura lendária da cidade do Rio de Janeiro, que distribuía flores pelas ruas e que, a partir de 1980, escolheu 56 pilastras do viaduto da Avenida Brasil, que vai do Cemitério do Caju até o Terminal Rodoviário do Rio de Janeiro, numa extensão de aproximadamente 1,5 km.
Ele encheu as pilastras do viaduto com inscrições em verde-amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização.
As obras de Gentileza foram apagadas na década de 90, fato que gerou a canção de Marisa Monte. A reação foi tamanha que as obras foram restauradas e, até hoje, fazem parte o patrimônio da cidade do Rio de Janeiro.
Ouça aqui a canção “Gentileza”, de Mariza Monte:
Gentileza (Marisa Monte)
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro ficou coberta de tinta
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro tristeza e tinta fresca
Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras e as palavras de gentileza
Por isso eu pergunto a você no mundo
Se é mais inteligente o livro ou a sabedoria
O mundo é uma escola
A vida é um circo
Amor palavra que liberta
Já dizia um profeta
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro tristeza e tinta fresca
Por isso eu pergunto a você no mundo
Se é mais inteligente o livro ou a sabedoria
O mundo é uma escola
A vida é um circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o profeta
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