Pesquisadores especializados em psicologia conjugal identificaram uma sequência recorrente na evolução dos relacionamentos, cada um singular em sua natureza, mas sujeito a mudanças constantes. Este percurso, dividido em fases distintas, lança luz sobre as complexidades e variações inerentes às jornadas matrimoniais.
Em uma relação duradoura, o trajeto nem sempre é suave. Há momentos de fluidez e satisfação, contrastados por períodos de incerteza e desalento. O casal, em certos momentos, avança harmoniosamente, enquanto, em outros, parece divergir em direções opostas.
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Os psicólogos afirmam que essa flutuação é parte intrínseca dos relacionamentos. Apesar do anseio por perpetuar os sentimentos iniciais de amor e entusiasmo, a realidade do casamento é outra. Altos e baixos são inerentes, com movimentos para frente, para trás e laterais, sendo a única constante a mudança inerente ao curso temporal do casamento.
Com o intuito de avaliar o estado atual de uma relação, especialistas em relacionamentos desenvolveram metodologias, como a Escala de Satisfação Conjugal. Esta escala, apresentada adiante, permite uma autoavaliação da satisfação em diferentes aspectos da relação, oferecendo um vislumbre do panorama conjugal.
A fase inicial, conhecida como “Auge da Paixão”, é caracterizada pela vontade mútua de satisfazer as necessidades do parceiro. Neste estágio, há uma expectativa de reciprocidade e uma consolidação do amor e do cuidado mútuos. O casal aprofunda seu entendimento um do outro, transcendendo as distrações cotidianas.
Entretanto, é crucial ressaltar que todos os casamentos e relacionamentos de longo prazo têm o potencial de evoluir. Mesmo em momentos de desalento, é fundamental compreender que a relação está em constante mutação. Embora os psicólogos não detenham todas as respostas, é seguro afirmar que os sentimentos em relação ao casamento hoje certamente diferirão no próximo ano.
A fase de “Vingança” é marcada pela transformação do desapontamento e da frustração em raiva, desencadeando uma batalha caracterizada por medidas retaliatórias frequentes. Este embate serve como mecanismo de defesa contra a contínua decepção pela inabilidade de resgatar o amor inicial. As discussões se concentram em questões de controle, como finanças, intimidade ou tempo compartilhado. Em casos extremos, podem ocorrer infidelidades como forma de retaliação. A luta pelo poder reflete a resposta às expectativas não satisfeitas de amor e aceitação incondicionais.
Em um estágio subsequente, denominado “Segurando as Pontas”, os cônjuges, emocionalmente exaustos e diante da ameaça de separação, desviam a atenção para outros aspectos da vida, evitando lidar diretamente com os conflitos presentes. Apesar da diminuição do amor romântico, o compromisso com o casamento persiste, e o foco recai sobre interesses comuns em prol da família, como construção de um lar, criação dos filhos ou avanço profissional. Embora a satisfação na relação decaia, há uma ligação positiva à medida que o casal colabora em metas compartilhadas.
Os cônjuges reconhecem a impossibilidade de satisfazer integralmente as necessidades um do outro. Esta percepção estimula a independência e autoconfiança individuais. A busca pela felicidade transcende o cônjuge, direcionando-se a fontes externas, marcando uma fase de paixão renovada, entremeada pela compreensão das limitações do relacionamento.
A fase final é caracterizada pela aceitação da realidade presente. Os indivíduos desenvolvem autonomia e reconhecem a importância de manter uma identidade emocional independente para sustentar um relacionamento maduro. O êxito nesta etapa envolve a aceitação da responsabilidade pelas próprias alegrias e dores, além de uma maior disponibilidade para se relacionar com o outro, especialmente o cônjuge, de forma mais completa.
Embora os testes e escalas ofereçam insights instantâneos, é crucial lembrar que o casamento é um processo contínuo de evolução. Embora as experiências variem entre casais, essa sequência de fases comuns na evolução conjugal ressalta a dinâmica e a natureza mutável das relações a longo prazo.
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Fonte: FATORRRH
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