Aftersun não é um filme comum. A produção assinada por Charlotte Wells entrega uma experiência sensível e intimista, explorando memórias que se tornam fragmentadas com o tempo.
Com 95% de aprovação no Rotten Tomatoes, o longa chegou à Netflix e tem conquistado cada vez mais espectadores, principalmente por conta da performance marcante de Paul Mescal.
O filme acompanha Sophie (Frankie Corio), uma jovem que passa as férias com seu pai, Calum (Paul Mescal), em um resort na Turquia. A história se desenrola através de recordações da protagonista, que tenta reconstruir esses momentos anos depois.
O roteiro propõe uma reflexão sobre o que deixamos para trás e o que permanece conosco, mesmo quando os detalhes começam a se desfazer.
Charlotte Wells aposta em uma narrativa delicada, sem recorrer a grandes reviravoltas ou cenas exageradas.
O impacto emocional vem justamente da sutileza dos diálogos e da maneira como o filme transmite sensações sem precisar explicá-las diretamente.
A direção cria um ambiente nostálgico, no qual pequenas ações e silêncios dizem tanto quanto as palavras.
Paul Mescal, indicado ao Oscar por esse papel, impressiona pela naturalidade com que vive Calum. O ator entrega um retrato cheio de nuances, equilibrando momentos de leveza e fragilidade.
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Sua relação com Sophie é o coração do filme, e a química entre os dois torna cada cena ainda mais envolvente.
Frankie Corio, por sua vez, também brilha ao dar vida a uma personagem curiosa e perspicaz, conseguindo capturar a inocência e a complexidade da infância.
Aftersun é uma experiência cinematográfica envolvente, que provoca reflexão sem precisar recorrer a discursos óbvios.
A fotografia cuidadosa e a trilha sonora melancólica ajudam a construir uma atmosfera que transporta o espectador para aquelas memórias compartilhadas entre pai e filha.
Disponível na Netflix, o filme é uma ótima escolha para quem aprecia histórias que deixam espaço para interpretação e sentimento.
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