José Ferreira, pai Geane da Silva Brito, cadeirante que morreu durante o ataque a tiros no Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, na data de hoje, externou a sua dor e a sua frustração por ter perdido a filha nessas circunstâncias tão traumáticas.
Em entrevista ao g1, o pai afirmou que: “O sentimento não é de culpado, porque um pai não se sente culpado em um momento desse. Se eu estivesse na hora, eu me atravessava na frente da bala para salvar minha filha. Eu peço desculpa a vocês, porque é triste, um pai está na frente de uma situação dessa, é dolorido”.
Disse ainda que a filha era muito especial: “Uma boa menina, ela é especial. No mês de fevereiro, ela fez quatro operações. No mês de fevereiro [de 2023], ia fazer mais outras, e aconteceu um caso desse, triste para um pai de família”.
Saiba mais sobre o caso
Segundo relato de um aluno que estava presente no momento da invasão, o jovem entrou atirando na porta da escola:
“O menino entrou na escola vestido de preto, deu um tiro na porta, lá dentro [do colégio] deu outro tiro. Os meninos [alunos] correram para a quadra, mas o instrutor mandou sair e ir para o fundo da escola, aí todo mundo arrodeou e conseguiu sair do colégio”.
O delegado que investiga o caso, Rivaldo Luz, coordenador de Polícia Civil da região, relatou que um adolescente de 14 anos, que também estudava na escola, invadiu o local, por volta das 7h, com um revólver calibre 38, duas armas brancas e, aparentemente, uma bomba caseira. Ainda não foi divulgada a motivação do crime.
Os policiais militares disseram que o jovem chegou à escola disparando, no momento em que os estudantes aguardavam o horário das aulas para entrar nas salas. O porteiro, que não estava armado, correu com os alunos para tentar se proteger.
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Segundo as investigações, o autor do crime atirou diversas vezes contra a cadeirante. Quando as munições do revólver acabaram, ele usou o facão para esfaqueá-la.
Fonte: g1