Descubra os Bajau, uma comunidade nômade do mar no Sudeste Asiático, que possui uma habilidade surpreendente: eles podem passar até cinco horas por dia debaixo d’água graças a uma adaptação genética única. Vivendo em casas flutuantes e dedicando-se à pesca e coleta de moluscos, o estilo de vida dos Bajau moldou seus corpos de maneiras fascinantes.
Diferentemente da maioria das pessoas, os Bajau não apenas nadam, eles mergulham profundamente e por longos períodos. Utilizando óculos de madeira tradicionais e cintos de peso, eles praticam mergulho livre, caçando e coletando alimentos no fundo do mar. Para suportar esse estilo de vida extremo, seus corpos desenvolveram baços maiores que a média humana.
Leia também: Mãe e pai de gêmeas siamesas que tinham 5% de chance de sobreviver revelam como elas estão agora
O baço, embora frequentemente esquecido, é crucial para a oxigenação do sangue. Durante o mergulho, o corpo humano ativa a “resposta de mergulho”, reduzindo o ritmo cardíaco e restringindo os vasos sanguíneos nas extremidades para conservar oxigênio. O baço se contrai, liberando glóbulos vermelhos oxigenados, funcionando como um tanque de oxigênio natural.
A pesquisadora Melissa Ilardo, da Universidade de Copenhague, investigou essa adaptação extraordinária dos Bajau. Sua pesquisa revelou que os baços dos Bajau são cerca de 50% maiores do que os das pessoas de aldeias vizinhas. Um baço maior pode armazenar mais glóbulos vermelhos oxigenados, essencial para mergulhos prolongados.
Ilardo e sua equipe foram além das medições físicas e exploraram a genética por trás dessa característica. Eles identificaram um gene chamado PDE10A, associado ao aumento do tamanho do baço. Este gene regula um hormônio tireoidiano em camundongos, que também influencia o tamanho do baço, sugerindo uma adaptação genética fascinante.
Essa descoberta se junta a outros exemplos de adaptações humanas ao ambiente. Assim como os tibetanos desenvolveram traços genéticos para viver em grandes altitudes com baixos níveis de oxigênio, os Bajau mostram a incrível capacidade humana de se adaptar a condições extremas.
Rasmus Nielsen, da Universidade da Califórnia, Berkeley, coautor do estudo, destaca o potencial interesse médico dessas descobertas. Compreender os genes que permitem aos Bajau prosperar em condições de baixo oxigênio pode fornecer insights valiosos para tratar a hipóxia, uma condição causada por níveis insuficientes de oxigênio, relevante em muitas situações médicas.
Entretanto, o modo de vida dos Bajau está ameaçado. Santarawi Lalisan, um ancião da tribo, expressou preocupações sobre a influência crescente das culturas ocidentais. A poluição plástica representa um dos maiores desafios. Com a adoção de produtos plásticos, as águas cristalinas que sustentam seu estilo de vida estão sendo contaminadas, dificultando a manutenção de suas tradições.
Leia também: Artista que deixou estranhos fazerem qualquer coisa com ela por 6 horas revela o momento horrível que tudo deu errado
Compartilhe o post com seus amigos! 😉
Neste artigo, você confere um conteúdo informativo sobre quais raças de cães necessitam de mais…
Descubra como adotar práticas sustentáveis no seu negócio de forma econômica, com estratégias que equilibram…
Comer bem diariamente pode ser um desafio. Confira dicas de como se alimentar melhor, com…
Entenda como regular a temperatura do quarto das crianças no verão e garantir um sono…
Como escritor, costumo investir horas na elaboração de um conteúdo bem pesquisado. Sempre tento compartilhar…
O filme brasileiro Ainda Estou Aqui chegou aos cinemas no dia 7 de novembro e,…