Em uma tranquila fazenda em Charlotte, Carolina do Norte, um mistério inquietante tomou conta da vida da família Class. A jovem Saylor, de apenas três anos, insistia em dizer que monstros habitavam seu quarto durante a noite.
Inicialmente, seus pais, Ashley Massis Class e seu marido, pensaram que as histórias eram efeitos de uma imaginação vívida, possivelmente estimulada por filmes infantis como “Monstros S.A.” da Pixar, que haviam assistido juntos.
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Na tentativa de acalmar os medos noturnos da filha, os pais até improvisaram um “spray contra monstros” usando uma garrafa de água, sugerindo que ela poderia usá-lo para afugentar as criaturas imaginárias. No entanto, a persistência das queixas de Saylor fez com que a situação fosse levada mais a sério. A menina falava sobre “monstros na parede”, o que inicialmente não causou grande preocupação, mas com o tempo, os relatos se tornaram mais frequentes e alarmantes.
A reviravolta no caso veio quando Ashley, que é designer de interiores, notou uma aglomeração incomum de abelhas ao redor do sótão e da chaminé da centenária casa da fazenda. Suspeitando que os “monstros” de Saylor poderiam estar relacionados aos insetos, a família contratou um apicultor para investigar a situação.
Ao inspecionar com uma câmera térmica, o apicultor descobriu uma colmeia gigantesca construída entre as paredes do quarto de Saylor. A imagem revelada pela câmera foi tão impressionante que Ashley descreveu como se iluminasse “como uma árvore de Natal”. Foi então que ficou claro que os zumbidos ouvidos por Saylor eram de fato abelhas, e não monstros fictícios.
O apicultor, que Saylor carinhosamente apelidou de “caçador de monstros”, revelou que nunca tinha visto uma colmeia invadir tanto uma estrutura antes. Ao localizar um buraco do tamanho de uma moeda na ventilação do sótão, ele procedeu com a retirada do enorme favo de mel, que derramava abelhas como uma cena de filme de terror.
Durante o processo de remoção, que envolveu três sessões de aspiração reversa, foram extraídas entre 55 mil e 65 mil abelhas, além de 45 quilos de favos de mel. Os insetos foram cuidadosamente transferidos para um santuário de abelhas, garantindo a segurança tanto da família quanto das abelhas.
Apesar de a família Class ter resolvido o mistério dos “monstros” e garantido um final seguro para as abelhas, o incidente trouxe prejuízos consideráveis. As abelhas e o mel danificaram a fiação elétrica da casa, e o seguro residencial não cobriu os danos, pois considerou que a presença de pragas poderia ser evitada. A reparação foi estimada em mais de US$ 20 mil, o que deixou a família com uma despesa substancial e muitas lições aprendidas sobre a vida selvagem inesperada em sua própria casa.
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